5 de novembro de 2015

FELICIDADES NOTURNAS


O mundo percebeu um passeio nas ruas taciturnas
Sopro do vento gelava os seus pensamentos
Uma poesia surgia naquelas paisagens noturnas
As jovens prostitutas dançavam em sensuais movimentos
Enquanto alguns ébrios se deleitavam nas furnas
Agora você pode falar e expressar seus sentimentos
Seu pai te molestava enquanto você dormia
De castigo você ficava sem explicação e do que nada fazia

O tempo passou e você cresceu quebrando a placidez
Palavras mordazes você vai proferir ao seu pai
Pois quando ocorria esse caso a sua idade era dez
Essa raiva que você sente nunca te atrai
As marcas desse ato bruto que ele fazia estão na sua tez
Lembrança de sofrimento por terra sempre cai
Sua mãe nunca soube dessa moléstia paterna
Você viverá sempre com essa marca eterna

Mais alguns passos lentos da sua caminhada
Você encontra um mendigo que não planeja o futuro
Antes ele era rico agora é simplesmente um nada
Sua veste era de linho e atualmente é cheia de furo
Horas se passaram e acabou a madrugada
Um quarto bem quentinho de um hotel seguro
Você vai dormir pra descansar depois desse passeio
Foi uma realização de um velho anseio

Os sonhos te embalaram profundamente nessa cama
Uma fina garoa cai lá fora nesse dia de setembro
Saiba que sempre alguém que te ama
Nas noites taciturnas de você que eu lembro
Essa foi mais uma poesia de um drama
O ano passou tão rápido já estamos no mês de dezembro
As luzes de Natal começam a brilhar nas casas
Sua nova vida é observada por um anjo que sobrevoa com novas asas

Arthur Claro

Essa poesia foi criada mostrando um fato atemporal, pois tudo descrito é o que eu via quando escrevi esta poesia, vejo ainda e pode ser que eu verá.

Um comentário:

  1. Lindo poeta Arthur!
    Beijinhos

    http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/

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